10/6/2020 - Campinas - SP

Secretária de Educação reforça que não existe previsão de retorno às aulas

da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Campinas

Com intensa participação da população por meio dos canais digitais da Câmara de Campinas, a Comissão Permanente de Educação e Esportes debateu nesta terça-feira (09/06), de forma remota, as temáticas que envolvem o setor de educação em decorrência da pandemia de coronavírus. O vereador Gustavo Petta (PCdoB), presidente da Comissão, ancorou os trabalhos, que contou com a participação de Solange Pelicer, secretária municipal de Educação; Rodrigo Oliveira, promotor da Infância e Juventude; Tânia Marcucci, coordenadora da Saúde da Criança e do Adolescente de Campinas; Heloísa Macedo, representante do Fórum Municipal de Educação; Luiz Marighetti, diretor pedagógico da Secretaria Municipal de Educação, além dos vereadores Jorge da Farmácia (PSDB) e Professor Alberto (PL).

Durante a reunião online, a secretária de Educação reforçou mais uma vez que ainda não existe um prazo para previsão de retorno das atividades escolares na rede municipal de ensino. Ela explicou que os protocolos das aulas dependem de uma autorização do governo do Estado de São Paulo e ressaltou que o setor trabalha para definir uma ação conjunta com os demais municípios do país.

“Nós estamos discutindo com a Frente Parlamentar de Educação a proposição de um protocolo único de retorno no qual contemplem procedimentos de saúde, higiene, segurança, pedagógico e financiamento, pois temos a previsão de queda de 30% na receita e novas despesas. São muitas as variáveis que teremos de observar”, frisou.

Além da questão orçamentária, Solange manifestou sua preocupação com a provável evasão escolar, já que muitos pais estão retirando os alunos da escola, bem como a migração das escolas particulares para as escolas públicas. Ela comentou que a Secretaria de Educação está com atividades retomas e disponibilizando chips para os alunos fundamentais e modens, para professores, além das ações dos gestores de cada escola com o uso das redes sociais.

Ao responder diversos questionamentos do público sobre as escolas particulares de educação infantil, ela lembrou que essas unidades chegaram até a apresentara para a Prefeitura de Campinas um plano de ação. Embora o projeto tenha sido bem avaliado pelas autoridades sanitárias, o governo do Estado não se posicionou sobre a liberação da volta às aulas.

Outro tema provocado pelos internautas foi a questão da alimentação escolar. Solange disse que a administração está promovendo a entrega, desde a última semana de abril, de quase vinte mil cestas básicas. Ela reforçou ainda que desde a semana passada começou a entregar, sem lista de espera, kits de hortifruti com três quilos de legumes, dois quilos de frutas e uma dúzia de ovos.

“Pelo alto número de perguntas, deu para perceber que ainda existem muitas dúvidas sobre a volta à normalidade desse setor, que afligem tanto os pais quanto os alunos. Temos até aqui três grandes subgrupos de debates: o retorno das atividades, a alimentação escolar e o acesso a rede. Quero a partir daqui, discutir esses temas separadamente. Vamos tentar promover novas discussões específicas”, sugeriu Petta.

De acordo com ele, ficou claro durante a reunião que os técnicos da área estão pensando em garantir a saúde e valorizar a vida “ao evitar abrir ou flexibilizar o retorno das atividades escolares nesse momento que o número de casos e de mortes aumentam a cada dia”.