9/1/2020 - Campinas - SP

Prefeitura diz que nova vistoria será feita na CEI do Parque Jambeiro

da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Campinas

Em retorno a ofício do vereador Carlão do PT realizado em setembro do ano passado, requerendo providências em relação a infestação de carrapatos transmissores da Febre Maculosa no Centro de Educação Infantil do Parque Jambeiro, a prefeitura de Campinas protocolou resposta nesta semana na Câmara. O parlamentar petista havia ressaltado, na época, que a situação estava assustando pais e crianças que frequentam o local. “Ainda mais pela gravidade da doença, em especial quando atinge crianças, e que já havia matado sete pessoas em Campinas à época do questionamento”, pontua o vereador.

Em resposta ao parlamentar, foi informado pela prefeitura que em fevereiro deste ano, antes do início das aulas das cerca de 130 crianças que frequentam o local, será realizada uma nova vistoria na escola e, caso não tenha sido construído um muro anteriormente acordado com a Vigilância Sanitária, o acesso ao parque da CEI ficará vetado a alunos, professores e funcionários.

Segundo o técnico da Vigilância Sanitária Diego De Nadai, em agosto a escola confirmou que dezenas de crianças haviam sido parasitadas (ou seja, “pegaram” carrapatos) e de imediato foram fornecidas informações sobre Febre Maculosa a todas as famílias frequentadoras da escola e as crianças em questão foram colocadas sob observação, bem como pesquisado se as crianças frequentaram outras áreas de incidência de carrapato.

Em vistoria inicial foi detectado que o parque da escola e parte do estacionamento se conectam diretamente com área de mata com características propícias para carrapatos e que, por não haver nenhuma separação entre as áreas, segundo informações de moradores capivaras – que carregam o parasita -  tinham acesso e frequentavam o  local durante, saindo da Lagoa do Jambeiro e possivelmente também do Parque das Águas.

Em setembro, a pedido da Visa, foi realizada pesquisa acarológica no local que confirmou a presença de ninfas de carrapato dentro da escola e nas áreas externas e que, mesmo sem a presença de capivaras, os parasitas estariam entrando na escola em decorrência da área de vegetação rasteira e ausência de barreiras entre o parque e a mata. Em paralelo, foi verificado que a escola estadual Dr. Disnei Francisco Scornaienchi, localizada ao lado da CEI e que faz divisa com a mesma mata ciliar, porém com a presença de um muro de alvenaria na divisória, não tinha nenhum problema de carrapatos.

Desta forma, foi determinado à AR8 o corte da vegetação rasteira e remoção de folhas propícias para habitação do carrapato da divida e o acesso ao parque e estacionamento da escola foi restrito, bem como determinado à escola que substituísse a vegetação rasteira por areia ou cascalho e construísse um muro de alvenaria. Em novembro, resultados dos exames realizados por crianças e funcionários que tiveram sintomas de febre maculosa na escola vieram negativos e não foi mais detectada infestação de carrapatos, segundo a Visa.

No entanto, ainda em dezembro o muro não havia sido construído (apenas alguns blocos de concreto para a obra haviam sido entregues). Desta forma, segundo o fiscal, uma nova vistoria será realizada antes do fim das férias e, caso o muro não tenha sido levantado, o parque da escola deverá permanecer interditado.