14/8/2018 - Campinas - SP

Pesquisa que afere aplicação do ensino da cultura Afro nas redes municipal

da assessoria de imprensa da Câmara de Vereadores de Campinas

Será lançada nesta terça-feira (14/8), às 17h, na Câmara Municipal de Campinas pesquisa junto aos profissionais das escolas municipais, estaduais e particulares de educação básica sobre a temática das relações étnico-raciais da história da Cultura da africana e afro-brasileira. 

A iniciativa é da Comissão Especial de Estudos da Lei 10.639/2003 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática História e Cultura Afro-Brasileira. 

A pesquisa conta com parceria da Faculdade de Educação da Unicamp e da Secretaria Municipal de Educação, Pró-Reitoria de Pesquisa do Instituto Federal de Educação Tecnológica de São Paulo e Fórum de Educação e Diversidade das Relações Étnico-Raciais.

Aplicação – Para participar da pesquisa, entre os dias 15 de agosto a 30 de setembro, os profissionais de educação devem acessar o site da Secretaria Municipal de Educação: http//educacaoconectada.campinas.sp.gov.br/ 

Primeira pesquisa – Entre agosto e setembro de 2016 foi realizada pesquisa semelhante exclusivamente com educadores da rede municipal sobre o ensino. Dos 7080 educadores entre professores, Agentes de Educação Infantil, Gestores e Gestores de Nível Central, apenas 218 responderam à pesquisa que foi disponibilizada no sistema Educação Conectada. Este fato já revela o silêncio da rede de ensino em relação à temática racial. 

Sobre o contato com a questão étnico-racial na formação inicial, 47% dos profissionais evidenciaram não ter tido contato com a temática. Já 42,4% destacam que tiveram contato de forma transversal em diversas disciplinas. Apenas 10% em disciplinas específicas. Os dados demonstram a lacuna da formação inicial docente acerca da temática. 

Para o presidente da Comissão Especial de Estudos, vereador Carlão do PT, “os resultados da primeira pesquisa na rede municipal de ensino são preocupantes. Revelam desinteresse da rede sobre o tema e a falta de cursos de formação aos professores. Por isso temos que ampliar a divulgação e cobrar do município a aplicada da lei 10.639, por isso decidimos ampliá-la, com maior divulgação”.