14/10 - Sonora Brasil

Local: Teatro


O grupo é formado por oito mulheres que trabalham na quebra do coco babaçu desde a infância e hoje também exercem o importante papel de liderança na defesa e valorização do trabalho das quebradeiras, na preservação e na garantia de acesso às áreas de ocorrência da palmeira do babaçu.
 
Atuam politicamente por meio da Associação em Áreas de Assentamento no Estado do Maranhão (Assema) e do Movimento Interestadual das Quebradeiras de Coco Babaçu (MIQCB), que está sediado em São Luís e engloba seis regionais organizadas em três municípios maranhenses e outros três localizados no Piauí, em Tocantins e no Pará. O MIQCB foi criado na década de 1980 e sua atuação tem contribuído de maneira consistente para a melhoria das condições de trabalho e da qualidade de vida das pessoas envolvidas nesta atividade.
 
A prática do canto durante a quebra do coco e durante a caminhada para os babaçuais é uma experiência que trazem desde a infância, quando acompanhavam os mais velhos, geralmente mães e avós, na lida diária. Época em que a criança participava ativamente no trabalho da agricultura na zona rural em diversas regiões do país e que o acesso à escola era algo raro. Época em que o repertório era simplório e narrava fatos do cotidiano ou aludia ao universo infantil através de cantigas de roda, algumas facilmente reconhecidas por estarem presentes na maior parte do país.