21/6/2017 - Campinas - SP

MPT marca audiência para tentar encerrar greve de funcionários em hospital de Campinas

da assessoria de imprensa 

Profissionais da unidade iniciaram mobilização nesta terça-feira, por reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Colaboradores da Maternidade também começaram movimento.

O Ministério Público do Trabalho (MPT) agendou para sexta-feira (23) uma audiência com objetivo de colocar fim à greve de funcionários do Hospital Samaritano, em Campinas (SP), iniciada nesta terça-feira. A categoria reivindica alta salarial e melhorias nas condições de trabalho. Parte dos trabalhadores da Maternidade de Campinas também iniciou movimento no período da manhã.

De acordo com o sindicato que representa os profissionais da área de saúde (Sinsaúde), no Hospital Samaritano cirurgias agendadas foram canceladas, mas os atendimentos de emergência e urgência estão mantidos. A entidade não soube estimar quantos procedimentos foram afetados, contudo, mencionou adesão de auxiliares e técnicos de enfermagem, porteiros e profissionais da cozinha.

A entidade mencionou que deve manter 30% do efetivo no turno desta noite, para evitar prejuízos. A unidade tem cerca de 570 funcionários, disse a presidente do Sinsaúde ao G1, Leide Mengatti.

O Departamento Jurídico do Hospital Samaritano, por outro lado, alegou que 24 funcionários não compareceram aos postos de trabalho e não foram registrados reflexos nos atendimentos. Além disso, informou que houve apresentação de uma proposta para reajuste salarial de 5% - parcelados em julho e agosto - índice superior ao da inflação dos últimos 12 meses, mas que foi rejeitada.

Os funcionários reivindicam aumento de 15% nas remunerações. A audiência marcada pelo MPT, na sexta-feira, tem início previsto para 9h30, informou a assessoria de imprensa do órgão.

 

Maternidade

Segundo o Sinsaúde, o principal reflexo provocado pela greve de funcionários da Maternidade de Campinas, que conta com quase 1 mil colaboradores, foi a suspensão de parte das consultas. A entidade estimou adesão de 40% dos setores de enfermagem, manutenção, limpeza e lavanderia.

A unidade médica garantiu que o funcionamento ocorreu normalmente na manhã desta terça-feira, sem reflexos na qualidade e segurança dos serviços. Além disso, destacou que a adesão à greve foi "baixa", mas não revelou quantidade total de profissionais que ficou de braços cruzados.

Em nota enviada ao G1, a Maternidade destacou que está aberta a negociações e já protocolou uma "proposta condizente com a realidade financeira e administrativa da Instituição". De acordo com o Sinsaúde, o percentual oferecido até o momento equivale ao índice inflacionário acumulado.

O MPT informou que espera resposta da unidade, até esta quarta-feira, sobre a greve. Depois disso, segundo o órgão, há possibilidade de que também seja marcada uma audiência para mediação.